Agradeço imensamente, aos meus Advogados, funcionários atuais ,parceiros e aos que nos estendem suas mãos neste momento difícil . A intenção deste texto, é o resumo de questões decisivas e atuais, para não deixar que Itápolis, venha perder a sua indústria pioneira, que iniciou um período de crescimento da cidade, e tanto bem fez,a muitas famílias Itapolitanas. Meu nome é Romeu Bonini Junior, e hoje sou o sócio proprietário da Triângulo Alimentos. A empresa teve decretada sua falência, mesmo sem que houvesse qualquer pedido por parte dos credores. Pelo contrário, todos os que estavam acompanhando esse processo, haviam concordado com o que iríamos encaminhar a Justiça . Depois de um momento difícil, em 2016, onde a partir de então, eu, sócio majoritário, resolvi assumir a empresa, devido sua administração estar comprometida por desmandos, erros e desvios. No auge de problemas financeiros, tributários, societários e outros, e após uma assembleia, assumi a empresa, nas formas da lei . Como a Ata desta reunião foi assinada por todos os sócios e advogados presentes e testemunhas, era verdadeira e deveria ser reconhecida . Fomos aos bancos, e eles não aceitaram o documento. Pedimos aval à Justiça, só concedido após mais de 70 dias. Parados por esse tempo e sem dinheiro, o que estava difícil antes, piorou, e com os bancos liquidando as operações, vimos nosso capital acabando. Funcionários sem receber, todos parados, greves, bloqueios e mais bloqueios nas contas, fornecedores cancelando as entregas, pedidos atrasados e os parceiros e bons funcionários sendo prejudicados. Só nos restou pedir Recuperação Judicial (RJ). Mais greves, demissões, uma luta insana para aprovar a RJ e tentar retornar às operações. Passamos por 10 assembleias, 2 anos, de desgaste, até termos a RJ aprovada . Depois de todo esse tempo, iríamos iniciar nosso trabalho pela recuperação. Só que o Banco Santander, que tinha a garantia do terreno, vendeu-o sem antes nos oferecer e dar a preferência. Nossa advogado, conseguiu que a justiça solicitasse ao Banco todos os documentos, e deveriam entregar as provas, documentos, contratos e preço de venda , pois existia esse erro. A Justica até pediu, mas não exigiu, não cobrou e até hoje não entregaram. Ao receber essas exigências o Banco Santander, resolveu vender o terreno para um Fundo, e desviar a atenção sobre o processo, o Banco Santander. Esse Fundo de direitos Creditórios, Jive, que comprou o contrato do terreno, é um grande e importante Fundo, muito capitalizado, preparado e agressivo. Quase nos quebrou !!! Acostumado a fazer isso com muitos empresários e obter altos lucros de forma rápida, deixou-nos sem ação e desacreditados, para os fornecedores e clientes, trabalhadores e funcionários. Era uma das assembleias mais importantes para a Triângulo . Como seria uma Triângulo sem fabrica? Assim ele se apresentou na assembleia. Reagimos depois de algumas negociações, e veio a chance de um acordo, para conseguir segurar suas investidas, embora amarrados pelas suas exigências. Esse Fundo tanto fez e pressionou, com essas exigências e seus advogados, que tumultuou demais, conseguindo nos impedir de produzir livremente. Devido a esta demora na retomada, houve mais greve, sabotagens na produção, estragos em máquinas, furto de equipamentos e de programas necessários. Poucos funcionários mal intencionados, uma minoria, causou enorme prejuízo a Triângulo, e inclusive aos próprios companheiros. Temos fotos de painéis pixados por eles, de forma anônima, após depredação. Tivemos que encomendar, comprar e novamente contratar pessoas para instalar e programar esses equipamentos, que ainda não estão totalmente refeitos. O momento era de crise mundial, aumento de custos dos combustíveis e oleaginosas, greves de caminhoneiros por 2 vezes seguidas, mais bloqueios em nossas contas, cargas paradas e outras canceladas, inclusive exportação. E um pouco adiante, a pandemia da Covid, onde todos ficamos parados por quase 2 anos. Nosso capital mais uma vez foi embora, mas mantivemos a empresa íntegra e funcionando como podíamos, mesmo poucos dias por mês, o que eleva os custos. O prazo da RJ venceu, e chegou a data do pagamento previsto. Não tínhamos o valor necessário para pagar, estávamos descapitalizados. Fizemos um trabalho de contato com muitos dos credores, e conseguimos o apoio necessário para que aguardassem esses pagamentos. Dos que acreditavam em nós, alguns enviaram cartas de quitação total das parcelas, hoje em nosso poder, para nos ajudar e mostrar que acreditavam e havia real possibilidade da empresa se reerguer. Na classe trabalhista, alguns acordos lentos foram se ajustando, enfim estavam caminhando com alguns concluídos e informados no processo. Outra questão que chamava atenção da Justiça, as multas e impostos, onde cuidamos de todos os processos, e com nossa defesa, tiveram reduzidos os valores, em mais de 50%, e outros sendo ainda revistos e que devem se reduzir muito mais, se pudermos continuar esse trabalho, sem que haja prejuízo ao erário. Por conta desses impostos, processos e documentos, o Ministério Público, até chegou a pedir nossa falência . O pedido não foi a frente, pois tudo o que estamos fazendo, está em conformidade com a lei . Foi então que colocamos nosso pedido nos autos, onde o plano de recuperação prevê, que podemos solicitar a venda de ativos. São máquinas e equipamentos, que não se fazem necessários na nossa produção. Esse é o capital que atenderia as necessidades dos pagamentos. Tudo foi devidamente avaliado, explicado, demonstrado, e aprovado pelo Administrador Judicial e credores nos autos do processo. Demos entrada neste pedido na Justiça de Itápolis. Infelizmente, após mais de 5 meses, e com CNPJ inativo, totalmente parados, que saiu a decisão. O pedido foi negado !!! A FALÊNCIA foi decretada !!! Recorremos ao tribunal em São Paulo, e mais e uma vez nos foi negado, pois nossa empresa não estava trabalhando.(como? sem o CNPJ?impossível!!!). Estamos lutando para reverter essa Falência, os ataques, a rejeição atual a Triângulo, e todo desgaste causado a nós e a Justiça . Temos vários recursos ainda a serem julgados . Estamos mantendo poucos trabalhadores diretos e indiretos, custeado por minha família, amigos e o esforço de funcionários. Hoje, estão do lado de fora, tentando proteger a Fábrica, varias vezes invadido. Ainda sem o CNPJ e impedidos de trabalhar ou quitar as parcelas da forma acima descrita. Essa industria, não pode ser perdida, cortada, desmembrada retalhada ou sucateada. Esses funcionários até então guardiões dela, estão com aviso prévio, entregue pelo Administrador Judicial, e a posse do imóvel, dada a uma empresa de reciclagem(???) , que já entrou lá , com a lista de equipamentos, e anda perguntando a eles o que pode ser vendido. QUEM CUIDARÁ a partir da demissão deles??? Estávamos produzindo, empregando, guardando e aguardando novas oportunidades que estão surgindo a cada novo dia, pois tudo no mundo, começa a voltar ao normal. Não poderiam ter sido antecipada a posse do terreno, antes dos resultados de todos os recursos serem julgados . Nossos pedidos são legítimos. Atender ao pedido do Banco, do Fundo ou de quem se juntou a eles, para driblar nossos processos, é prejudicar a possibilidade de nossa recuperação. Absurdo e injusto para com todos, menos os que só pensam no lucro imediato dessa Falência. O Banco, o Fundo e outros. O Banco errou, quando não nos deu direito de preferência e não informou que iria vender. O Fundo também errou, perdeu o prazo da cobrança com o devedor, ao passar mais de 5 anos do momento da dívida. Isso é real e provado!!! O terreno deveria estar junto com a Fábrica e se não cumprissemos nossa parte, ai sim , poderia ser declarada a Falência. Isso iria minimizar o prejuízo de todos proporcionalmente. E deve ocorrer se não cumprirmos o que pedimos. Faremos se puder. Se acontecer de falirmos, todos os credores, teriam parte no terreno, sendo os valores mais justos. O Banco, Fundo, Etc., teriam apenas uma parte nisso, como todos. Direitos estaria garantido a todos, conforme a classe da RJ. Estou Indignado com tudo que aí está e tenho que colocar os fatos relevantes ao conhecimento de todos da nossa querida Cidade. Vou continuar a luta, para a Triângulo voltar a funcionar, e acertar todos esses valores. Assim, todos estaremos fazendo o possível, o impossível, deixamos nas mãos de DEUS.